terça-feira, 26 de julho de 2011

Tetra Foguinho - Hyphessobrycon flammeus

Resumo Técnico: 
Nome Científico: Hyphessobrycon flammeus 
Nomes Populares: Tetra Foguinho, Engraçadinho, Flame Tetra
Origem: Brasil (Região Sudeste)
Parâmetros da Água: Temperatura - 22 à 28°C / pH 5,8 à 7,2 / dGH 05 - 25
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Informações Adicionais

O Tetra Foguinho ocorre em rios da região sudeste do Brasil, mais frequentemente em riachos de pequeno fluxo do Estado do Rio de Janeiro. 
É um peixe muito resistente sendo indicado para iniciantes. Se adapta muito bem à ração industrializada e à uma larga faixa de parâmetros de água. 
Hoje é uma espécie ameaçada por conta da excessiva captura para exportação e tem sido criado em cativeiro para comercialização, o que tem se demonstrado uma excelente opção para os aquaristas e para a manutenção da espécie em seu ambiente natural.
Quando mantido fora dos padrões ideais, apresenta uma coloração fraca e pálida, mas em aquários bem plantados, de água macia e ligeiramente ácida, assumem um vermelho intenso além de tornarem-se muito ativos.
Na natureza vivem em cardumes e desta mesma forma devem ser mantidos no aquário, em grupos de no mínimo 5 indivíduos, caso contrário, não manifestará seus hábitos naturais, podendo até deixar de se alimentar.
O contraste vermelho e o pequeno tamanho (cerca de 5cm) tornam o Engraçadinho um habitante ideal para aquários plantados, que para comportar um pequeno cardume adequadamente, deve possuir ao menos 50L.

Rosáceo - Hyphessobrycon erythrostigma

 
Resumo Técnico: 
Nome Científico: Hyphessobrycon erythrostigma 
Nomes Populares: Rosáceo, Bleeding Heart Tetra
Origem: América do Sul (Bacia Amazônica)
Parâmetros da Água: Temperatura - 23 à 28°C / pH 5,6 à 7,2 / dGH 10 - 15
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Informações Adicionais

Facilmente nota-se o motivo pelo qual este peixe é conhecido fora do Brasil como Bleeding Heart Tetra, que em uma tradução literal seria "Tetra do coração sangrando". Sua mancha vermelha é sua principal característica e algumas vezes se assemelha muito à um coração. 
O Rosáceo é encontrado em riachos de águas escuras da Bacia Amazônica na região entra Brasil, Peru e Colômbia, juntamente com outros tetras como o Neon Cardinal.
Assim como a maior parte dos integrantes da família Characidae, o Rosáceo é de hábito pacífico e ideal para aquários comunitários. Por ser um peixe de cardume deve ser mantido em grupos de ao menos 5 indivíduos, mas, quando possível, em número superior.
O aquário deve ser bem plantado e com um volume de ao menos 40L. Caso os parâmetros de água não estejam adequados ele o Rosáceo pode apresentar cores mais pálidas. A iluminação também influencia na coloração e não deve ser muito intensa. Crie um ambiente com áreas sombreadas para que tenham onde se abrigarem durante o dia.
O uso de um condicionador para escurecer a água como, por exemplo, o SERA Blackwater Aquatan é muito indicado e fará com que o animal se sinta mais à vontade. Isso pode estimular a desova, o que não é muito incomum. Para que tenha sucesso com a reprodução, os ovos devem ser retirados para que os pais não os comam.
Atingem cerca de 5cm quando adultos, mas alguns podem chegar aos 8cm.
Aceitam muito bem rações industrializadas e tem preferencia por alimentos parados.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tetra Congo - Phenacogrammus interruptus

 
Resumo Técnico: 
Nome Científico: Phenacogrammus interruptus
Nomes Populares: Tetra Congo
Origem: África (República Democrática do Congo)
Parâmetros da Água: Temperatura - 23 à 27°C / pH 6,0 à 7,5 / dGH 05 - 19
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Informações Adicionais

Este é um peixe originário da bacia do rio Congo (o qual deu nome ao peixe), também conhecido como rio zaire, um dos maiores rios do planeta em volume caudal, ficando atrás, apenas, do Rio Amazonas.
 Trata-se de um peixe muito pacífico que se adapta muito bem à aquários comunitários embora não seja adequado à conviver com qualquer peixe pois algumas espécies podem tentar beliscar suas nadadeiras o que o estressa.
Na natureza o Tetra Congo vive em cardumes e é desta forma que deve ser mantido em aquários, em grupos de no minimo cinco indivíduos, mas preferencialmente em número superior. Caso sejam mantidos em grupos menores ou ainda sozinhos, se tornam apáticos, tímidos e podem por conta disso deixar de se alimentar.
Apesar de se adaptarem à uma faixa relativamente ampla de parâmetros da água, preferem pH ligeiramente ácido e não toleram a deterioração da qualidade da água. Por isso um sistema muito eficiente de filtragem deve ser montado, mas evitando o excesso de movimentação da água, o que poderia estressar o animal.
Suas cores são muito características e quando em condições ideais de iluminação e qualidade da água apresentam tons metálicos de verde, azul, laranja e dourado.
São muito ativos e passam a maior parte do tempo nadando por todo o aquário que deve ter ao menos 100L para que tenham espaço suficiente.
Em cativeiro, costumam ficar com cerca de 9cm, quando adultos, mas na natureza podem chegar aos 12cm.
Aceitam muito bem a ração industrializada, mas pode ser oferecido alimento vivo.

 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Coridora Leopardo - Corydoras leopardus SERA Wels-Chips


Resumo Técnico: 
Nome Científico: Corydoras leopardus
Nomes Populares: Coridora Leopardo
Origem: América do Sul (Bacia Amazônica)
Parâmetros da Água: Temperatura - 22 à 26°C / pH 6,0 à 7,2 / dGH 05 - 20
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Informações Adicionais

Este peixe é muito confundido com outras três espécies de coridoras, o Corydoras julii, C. punctatus and C. trilineatus, que apresentam aspectos morfológicos muito semelhantes (nadadeira dorsal com uma grande macha, nadadeira caudal borrada e uma listra preta na lateral do corpo), o que faz com que estas quatro espécies sejam vendidas como Coridora Leopardo.
Apesar de não ser a denominação correta, este engano não traz muitos problemas porque além da morfologia, estas espécies compartilham de hábito muito semelhantes.
Há alguns anos acreditava-se que o Corydoras leopardus era endêmico do Brasil, mas hoje já foi encontrado em outros rios da Bacia Amazônica  entre o Peru e o Equador.
Assim como as outras espécies do grupo, o Corydoras leopardus, é muito pacífico e se adapta bem à qualquer aquário comunitário. Para evitar estresse é preferível mantê-lo em grupos de ao menos 3 indivíduos.
São animais noturnos e por isso não apreciam iluminação muito forte. Monte um aquário bem plantado ou com áreas de sombra para que se sintam mais a vontade durante o dia. Com a criação de áreas sombreadas pode ser que eles passem a ter mais atividade mesmo durante o período diurno.
Deve-se tomar cuidados especiais quanto aos parâmetros da água e uso de medicamentos ou outras substâncias químicas pois Coridoras são muito sensíveis à oscilações ou determinadas substâncias.
Sinais de estresse se iniciam, normalmente, por respiração ofegante, letargia e nado desorientado. Ao notar estes sinais a primeira medida à se tomar é a realização de testes dos parâmetros de água para tentar eliminar a causa.
Alimentam-se de restos de comida que se depositam no fundo do aquário, mas não conte apenas com isso! Ofereça aos seus peixes rações específicas que podem atender às necessidades nutricionais da espécie.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aruanã Prateado - Osteoglossum bicirrhosum


Resumo Técnico: 
Nome Científico: Osteoglossum bicirrhosum

Nomes Populares: Aruanã Prateado
Origem: América do Sul (Bacia Amazônica)
Parâmetros da Água: Temperatura - 24 à 28°C / pH 6,0 à 6,9 / dGH 05 - 15.
Informações Adicionais
O Aruanã Prateado é, sem dúvida, um peixe capaz de chamar atenção em qualquer ambiente.
Suas formas e tamanho fazem dele um animal extremamente exótico e apreciado tanto por conhecedores do aquarismo quanto por leigos.
Esta espécie é originária dos rios da Bacia Amazônica, sendo assim um peixe de águas quentes e ligeiramente ácidas. 
Não é um peixe fácil de ser criado e suas maiores dificuldades surgem antes de se adquiri-lo. Por ser um peixe de grandes proporções, o aquário e todos os equipamentos devem ser igualmente grandes.
Esta espécie costuma apresentar, quando adulto e em aquários, cerca de 90cm. Na natureza pode chegar aos 120cm, o que nos leva a crer que mesmo em um aquário grande o fato de estar confinado limita o crescimento do animal.
Para evitar problemas de crescimento, o aquário deve ter, preferencialmente, ao menos 1000L. Apesar disso, muitos aquaristas conseguem criá-lo em aquários com mais de 600L sem problemas.
É um peixe agressivo e não deve ser criado com outras espécies, principalmente se forem menores que ele. O Aruanã tem um apetite voraz e é capaz de comer qualquer outro peixe que caiba em sua grande boca.
Apesar de serem grandes e agressivos, são peixes tímidos e podem se assustar facilmente com movimentos bruscos no ambiente ou com o ascendimento das luzes. Por isso é recomendável ascender as luzes de forma gradativa, ascendendo primeiro a luz do ambiente e após algum tempo as luzes do aquário.
Outra peculiaridade para a qual deve-se atentar é o fato de ser um peixe saltador, por isso, certifique-se que seu aquário está bem tampado para evitar a desagradável surpresa de encontrá-lo no chão.

Veja aqui um vídeo deste magnífico peixe em um aquário:

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ammannia gracilis


Resumo Técnico: 
Nome Científico: Ammannia gracilis

Nomes Populares: Ammannia gracilis
Origem: África
Parâmetros da Água: Temperatura - 20 à 30°C / pH 5,5 à7,5
Tamanho: Cerca de 50cm
Iluminação: Alta
Substrato: Rico e com adição de CO2
Manejo: Moderado
Informações Adicionais

Esta é uma planta de beleza inconfundível. Sua cor rosa avermelhada faz com que tenha grande destaque em qualquer layout.
Possui um crescimento rápido e vigoroso, sendo indicada para as porções traseiras do aquário. Por crescer muito rápido, requer podas com mais frequência, afim de evitar que tome um espaço muito grande e bloqueie a iluminação de outras plantas mais baixas.
Apesar de ser uma planta de fácil crescimento, para que fique com sua característica cor avermelhada, precisa de um substrato rico, de adição de CO2 e, principalmente, intensa luminosidade. A temperatura é outro fator importante e deve se manter acima de 25°C.
Fora das condições citadas acima, a planta passa a apresentar uma taxa de crescimento mais baixa e cores esverdeadas, podendo até ficar totalmente verde.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ictio - Ichthyophthirius multifiliis


Ictio é uma das doenças mais comuns em peixes ornamentais. Felizmente é também uma das doenças de mais fácil tratamento e prevenção.
É causada por um protozoário parasita que, em sua forma adulta (trofozoíto), forma pontos brancos no corpo do peixe que se assemelham à grãos de açúcar. Por conta disso essa doença é conhecida popularmente como "doença dos pontos brancos". Cada ponto é um protozoário que se fixa na superfície do corpo do peixe e se alimenta de sangue, o que pode levar o animal à morte.
Este protozoário é normalmente encontrado na água do aquário, porém apenas causa a doença em peixes debilitados, sendo assim muito comum em peixes velhos ou recém inseridos ao aquário, os quais ficam com uma baixa imunidade por conta do estresse causado pelo transporte e tornam-se deste modo mais susceptíveis à contração do Ictio. 
Outro fator que favorece a ocorrência da doença é a baixa temperatura, fazendo com que a doença ocorra mais facilmente no inverno.

Sintomas

O Ictio é mais facilmente identificado em sua faze avançada, quando o protozoário é visível à olho nu. Porém pode-se perceber um comportamento diferente do animal antes desta fase, quando ainda não apresenta sintomas visíveis, mas constantemente raspa o corpo contra rochas, troncos ou outros objetos dentro do aquário. Os peixes tendem, ainda, a ficarem acuados no fundo do aquário.

Tratamento e Profilaxia

Esta doença é facilmente evitada tomando-se algumas precauções em momentos específicos.
Ao comprar um peixe novo, verifique se apresenta algum dos sintomas descritos acima. Se o aquário onde ele está apresenta algum peixe com estes sintomas, isso pode ser um fator de risco.
Ao introduzir o novo peixe no aquário eleve a temperatura da água para cerca de 30°C (caso seja uma espécie que se adapta à esta temperatura), isso eleva o metabolismo e faz com que ele se alimente mais, reforçando assim seu sistema imunológico.
O tratamento é feito através da elevação da temperatura da água, troca parcial de água (TPA) de 50% e uso de parasiticida.

sábado, 9 de julho de 2011

Lobelia cardinalis


Resumo Técnico: 

Nome Científico: Lobelia cardinalis 
Nomes Populares: Lobelia cardinalis
Origem: América do Norte e Central
Parâmetros da Água: Temperatura - 12 à 30°C / pH 5,5 à7,5
Tamanho: Até 25cm
Iluminação: Alta
Substrato: Pouco exigente
Manejo: Moderado

Informações Adicionais

Excelente opção para ser usada em regiões intermediárias do aquário. Seu crescimento bastante lento impede que cubra outras plantas no fundo. 
Apresenta um tom verde claro e muito reluzente. 
Apesar de não ser muito exigente quanto à fertilização, o substrato deve ser preferencialmente rico. Carece de alta intensidade luminosa e adição de CO2.

Glossostigma elatinoides


Resumo Técnico: 

Nome Científico: Glossostigma elatinoides

Nomes Populares: Glossos
Origem: Austrália
Parâmetros da Água: Temperatura - 20 à 30°C / pH 5,5 à7,2
Tamanho: Normalmente forma um carpete com menos de 1cm de altura
Iluminação: Alta
Substrato: Rico e com CO2
Manejo: Fácil
Informações Adicionais

A Glossostigma elatinoides é uma linda planta para formação de carpetes. Necessita de forte iluminação, adição de CO2, substrato rico e quando em condições ideais forma, rapidamente, um carpete baixo e de verde intenso. 
O manejo é fácil desde que sejam respeitadas as necessidades descritas anteriormente.
Se mantida em aquários com luminosidade fraca, fica alongada e com tons mais amarelados. O carpete pode não se formar a planta morre em pouco tempo. Por isso pode ser considerada uma planta difícil de ser mantida. Na prática, o que é difícil é fornecer as condições ideais.
A adição de CO2 é outro fator essencial, sem o qual o carpete pode não se formar. 

Eleocharis parvula


Resumo Técnico: 

Nome Científico: Eleocharis parvula

Nomes Populares: Eleocharis parvula
Origem: Cosmopolita
Parâmetros da Água: Temperatura - 16 à 30°C / pH 5,5 à 8,0
Tamanho: 3 - 7cm
Iluminação: Pouco exigente
Substrato: Rico
Manejo: Fácil
Informações Adicionais

Esta é uma planta muito usada em carpetes. 
Possui uma das taxas de crescimento mais rápidas, formando em pouco tempo um denso carpete. 
A manutenção desta planta é muito fácil já que é bem resistente e não muito exigente quanto à intensidade luminosa ou necessidade de fertilizantes, apesar de um subtrato rico favorecer seu crescimento. 
O carpete tende a se formar mais rápido em substratos ricos e com alta luminosidade. 
Pode ser também cultivada na forma emersa, desde que com umidade elevada. 

Aquecedor e Termostato para Aquário

Neste post falaremos um pouco sobre Aquecedores e Termostatos, com objetivo de esclarecer o que são, suas funções, diferenças e orientar quanto à melhor opção para o seu aquário.


Muitos confundem estes dois equipamentos e isso pode ser um pouco confuso no início, mas rapidamente verá que são coisas bem diferentes. Comecemos pelos aquecedores.

Aquecedores

São equipamentos elétricos que tem como função aquecer a água do aquário. Possuem uma resistência interna, semelhante à de um chuveiro elétrico, a qual aquece com a passagem da água. Esta resistência fica, geralmente, dentro de um tubo de vidro que é submerso e ira elevar a temperatura da água ao seu redor.
O problema com estes equipamentos é que eles apenas esquentam, cabendo ao usuário saber o momento de ligá-lo e desligá-lo. Isso pode fazer com que a temperatura se eleve muito, matando os peixes "cozidos". 
Mesmo que a temperatura não se eleve tanto, a dependência de um controle humano faz com que a temperatura varie muito, o que é prejudicial a saúde dos habitantes do aquário.
Para evitar este descontrole pode-se usar um equipamento chamado termostato e falaremos sobre ele agora.

Termostato

Este é, também, um equipamento eletrônico, mas com função bem diferente. Ele irá, apenas, controlar a temperatura do aquário, ligando ou desligando o aquecedor automaticamente, ou seja, este equipamento deve estar, sempre, acoplado à um aquecedor. 
O termostato funciona através de um termômetro que indica a temperatura da água.
Desta forma, se desejamos manter o aquário a 27°C, o termostato irá ligar o aquecedor quando a temperatura estiver abaixo de 27°C e desligá-lo quando estiver acima, mantendo a temperatura estável.

Aquecedor com Termostato

Tanto aquecedores quento termostatos podem ser comprados separadamente, mas alguns modelos de aquecedores já vêm com termostato acoplado, o que é muito prático pois dispensa o uso de vários equipamentos. 

Por que aquecer a água?

Uma dúvida persistente entre os aquaristas é quanto a necessidade de aquecer a água e para entendê-lá precisamos saber um pouco sobre s fisiologia dos peixes. 
Os peixes são animais pecilotérmicos, também chamados de animais de sangue frio. Isso significa que sua temperatura corporal varia em função da temperatura ambiente. 
Todo ser vivo, possui um metabolismo ajustado à uma determinada temperatura. O ser humano, por exemplo, possui uma temperatura ideal de 36,5°C. Cada espécie de peixe apresenta também uma determinada temperatura em que seu metabolismo funciona melhor. Como muitos peixes criados em aquários são de águas tropicais, apresentam uma temperatura ideal em torno de 25°C, o que pode ser difícil de se manter em algumas estações sem o uso de aquecedores. 
Caso a temperatura esteja muito acima ou muito abaixo da ideal para a especie, isso compromete o metabolismo e pode levar à morte do animal.
Variações de temperatura também podem ser muito nocivas, por isso é importante usar um aquecedor com termostato durante todo o ano para manter o aquário sempre estável. 

Qual aquecedor comprar?

Aqui não falaremos sobre modelos ou marcas. O objetivo é apenas instruir quanto ao calculo correto para se utilizar estes equipamentos.
A proporção padrão é de 1W para cada litro de água. Ou seja, se tiver um aquário de 50L, use um aquecedor de 50W de potência. Para regiões ou estações mais frias é possível elevar esta proporção para 2W por litro. Para isso, tenha sempre o cuidado de utilizar um termostato, caso contrário poderá fazer uma bela sopa.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dojô - Misgurnus anguillicaudatus

Resumo Técnico: 
Nome Científico: Misgurnus anguillicaudatus
Nomes Populares: Dojô
Origem: China e Nordeste Asiático
Parâmetros da Água: Temperatura - 06 à 26°C / pH 6,5 à 7,2 / dGH 02 - 10.
 
Informações Adicionais
O Dojô é um peixe não muito popular e este talvez seja o motivo pelo qual cause certa estranheza em quem não o conhece. Por possuir um corpo alongado é, muitas vezes, confundido com uma cobra, o que é um completo engano pois pertencem a grupos completamente distintos. 
É originário da China e outras regões do nordeste asiático e, por conta disso, é capaz de se adaptar à uma grande faixa de temperaturas (desde que estável). 
Não é um peixe muito exigente, podendo ser criado facilmente por iniciantes. 
Deve-se apenas ter o cuidado de manter o aquário completamente fechado. Isso porque é comum este animal escapar do aquário. Mas não se assuste, caso não o esteja encontrando, não significa que ele pulou. O Dojô é um peixe de fundo e com hábitos noturnos, ou seja, passa boa parte do dia enterrado na areia e por isso, pode passar dias sem ser visto. Muitos aquaristas tem grandes surpresas por acreditarem que seu Dojô morreu e reencontrarem-no algum tempo depois. 
De hábito pacifico, é excelente para aquários comunitários e desaconselhado para plantados. Por se enterrarem, podem acabar desenterrando as plantas ou turvando a água por movimentarem o substrato rico em matéria orgânica. 

Arraia de Água Doce - Potamotrygon motoro, P. histrix, P. orbignyi, P. leopoldi


Resumo Técnico: 
Nome Científico: Potamotrygon motoro, P. histrix, P. orbignyi, P. leopoldi
Nomes Populares: Arraia de Água Doce
Origem: América do Sul (Bacia Amazônica e Paraguai)
Parâmetros da Água: Temperatura - 24 à 28°C / pH 6,0 à 6,8 / dGH 08 - 12.
 
Informações Adicionais
Este é um animal fascinante e inevitavelmente desperta interesse em qualquer aquarista. A pesar de ser muito desejada, não é muito popular no aquarismo. Isso de deve ao seu alto custo e principalmente à necessidade de técnicas avançadas para manejo em cativeiro. 
Para iniciar, muitos não sabem ao certo que tipo de animal é uma arraia. 
Arrais são peixes cartilaginosos da classe Chondrichthye, a mesma a qual pertence o tubarão.
Arrais de água doce são originárias da América do Sul, e vivem, normalmente, em águas quentes e ligeiramente ácidas. 
É um animal muito difícil de ser criado em aquário e listaremos três razões para isso:

Tamanho
Algumas espécies de Arraia, chegam a atingir 100cm de diâmetro, isso impossibilita sua criação na maior parte dos aquários, já que para a criação de um animal destas proporções seria necessário um tanque com mais de 2000L.
Como muitas espécies não atingem este tamanho quando adultas, ficando em torno de 60cm, elas podem ser criadas em aquários com mais de 1000L. 

Parâmetros da Água e Aquário
São animais muito sensíveis a amônia, necessitando de um sistema de filtragem altamente eficiente, principalmente no que diz respeito à filtragem biológica.
Outros parâmetros como pH e temperatura também são muito importantes e devem estar estáveis. 
O aquário deve possuir um substrato de areia fina por estes animais tem o hábito de se enterrar, além de nadarem deslisando sobre a areia. O uso de cascalho grosso pode causar lesões no corpo do animal pela tentativa de se enterrar.
O aquário também não deve ter muitos troncos ou objetos que dificultem o deslocamento do animal. 

Vizinhança do Aquário
Definir quais os habitantes adequados para dividirem o espaço com Arraias não é muito fácil. Por serem animais carnívoros e de grande porte, podem comer todos os peixes do aquário, caso sejam menores que 5cm. Por isso, criar Arrais juntamente com neon cardinal, não é uma boa ideia.
Uma boa alternativa, caso haja tamanho, é montar um aquário amazônico com Acarás Disco, que são peixes grandes e de hábito pacifico.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Filtro Para Aquário


Este é um tutorial que tem como função, apresentar um dos mais importantes equipamentos do aquário: o filtro. Aqui discutiremos as funções e tipos de filtros para que você saiba qual o melhor para o seu aquário.



Antes de falar do equipamento em si, precisamos falar sobre os peixes, mais especificamente sobre sua fisiologia. 
Assim como nós, os peixes se alimentam e utilizam os nutrientes para realizar suas funções. Parte dos alimentos é composta por proteínas que são metabolizadas para produzir outros tipos de proteínas. Em nós, seres humanos, este processo elimina ureia, já nos peixes, elimina amônia, uma substância muito tóxica e que precisa ser, de alguma forma, removida do aquário. Além da amônia acumulam-se no aquário restos de ração, gordura, folhas mortas entre outros detritos. Esse acumulo prejudica a estética e, principalmente, a qualidade da água, podendo desencadear uma série de doenças nos habitantes.
 Quem conhece um pouco mais sobre aquários sabe que mesmo com um sistema de filtragem, é necessário realizar uma troca parcial de água (TPA) periodicamente, então, por que filtrar a água? Não seria mais fácil remover essa sujeira toda apenas com a TPA? A resposta é NÃO! Para aqueles que criam peixes em pequenos recipientes, como aqueles aquários tipo bola, a filtragem pode parecer desnecessária, mas o que não percebem é que os peixes estão, constantemente, sendo submetidos à uma condição estressante por conta do nível elevado de amônia. Isso faz com que não sobrevivam muito tempo.
Uma das principais funções do filtro é manter a água sempre livre de amônia e os peixes livres de estresse e doenças.
Vamos aos tipos de filtros. São três os tipos mais comuns usados em aquários e aqui falaremos sobre cada um.

Filtro Mecânico:
Este é o responsável por retirar as partículas mais grossas que estão em suspensão na água. É, normalmente, a primeira etapa do processo de filtração. Como grande parte da amônia formada no aquário vem da decomposição da matéria orgânica (restos de alimento, fezes, folhas, etc), recolhê-la e armazená-la no filtro é uma forma de facilitar a limpeza.
Utiliza como material filtrante esponjas, lã acrílica e perlon.
Como neste filtro se acumulará muita matéria orgânica, uma manutenção deve ser feita mensalmente ou até quinzenalmente e consiste em retirar o material filtrante e lavá-lo em água corrente.

Filtro Biológico:
A filtragem mecânica apenas retêm as partículas maiores em impede que se decomponham no aquário, mas mesmo assim a amônia continua se formando, tanto na água quanto no material removido pelo filtro mecânico.
Para removê-la, utilizamos um filtro biológico onde determinadas bactérias benéficas, utilizam a amônia como alimento, transformando-a em nitrato, uma substância muito menos tóxica aos peixes.
Estas colônias de bactérias não ficam em suspensão, ou seja, elas não estão na água do aquário, elas crescem sempre aderidas à alguma superfície. Para que cresçam no filtro precisamos, então, de um material filtrante que aumente a superfície de contato. Os o material mais comum é o anel de cerâmica porosa que promove uma superfície de contato de 7m² por litro do material. Outros elementos filtrantes possuem eficiência muito superior. Um exemplo é o SERA Siporax ou SERA Siporax mini que possuem superfície de 240m² por litro, ou seja, cada litro de SERA Siporax ou SERA Siporax mini equivale a 34L de cerâmica.
Com o tempo estes materiais tendem a entupir e devem ser substituídos, mas nunca troque todo o material filtrante de uma vez só. É aconselhável trocar 50% e após 30 dias trocar os outros 50%, isso evita a completa remoção da colônia de bactérias.

Filtro Químico: 
Esta é a ultima etapa da filtragem e tem como objetivo remover substâncias dissolvidas na água, retendo-as com o uso de carvão ativado. É semelhante à filtragem mecânica, mas a nível molecular. Este filtro remove metais pesados e fosfatos que podem provocar, quando em excesso, o surgimento de algas.
O carvão ativado, infelizmente, perde com o tempo a sua capacidade de reter as substâncias dissolvidas na água e precisa ser trocado. Recomenda-se realizar a troca a cada um ou dois meses, no máximo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Kinguio - Carassius auratus

Resumo Técnico: 
Nome Científico: Carassius auratus

Nomes Populares: Kinguio, peixinho-dourado, japonês, goldfish
Origem: China
Parâmetros da Água: Temperatura - 17 à 24°C / pH 7,0 à 7,6 / dGH 08 - 12.
Informações Adicionais
O Kinguio foi um dos primeiros peixes a serem criados em aquário. Desde então, vem se fazendo cruzamentos seletivos pelos criadores o que proporcionou o surgimento de uma série de linhagens com formas e cores bem particulares. 
Por ser um peixe originário da Ásia, vive em águas frias e, entre os peixes ornamentais mais populares, é um dos que tem maior afinidade à baixas temperaturas.
Este é normalmente um dos primeiros peixes de qualquer aquarista e talvez a inexperiência explique o grande número de erros cometidos em sua criação.
Um dos principais erros é quanto ao tamanho do aquário. Muitos acreditam e os Kinguios são peixes pequenos, mas se enganam por conhecerem apenas peixes jovens. Quando adulto, este peixe atinge de 20 à 40cm, tamanho inviável ao aquário da maior parte dos criadores. 
Para calcular o tamanho do aquário, deve-se estabelecer a proporção de 120L iniciais mais 30 ou 40L por peixe, ou seja, para criar 4 kinguios, deve-se ter um aquário de 120 + 4 x 30 = 240L. 
O segundo ponto, mas não menos importante, é a qualidade da água. O Kinguio é famoso por sujar muito o aquário e para que isso não seja um problema, deve-se utilizar um sistema de filtragem muito bom, além da realização de trocas parciais de água (TPA's) semanalmente. 
Para ajudar na filtragem, não é necessário ter um filtro muito grande, basta utilizar um filtro adequado ao tamanho do aquário e melhorá-lo com o uso de midía biológica de alta eficiência, como o SERA SIPORAX.