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sábado, 9 de julho de 2011

Aquecedor e Termostato para Aquário

Neste post falaremos um pouco sobre Aquecedores e Termostatos, com objetivo de esclarecer o que são, suas funções, diferenças e orientar quanto à melhor opção para o seu aquário.


Muitos confundem estes dois equipamentos e isso pode ser um pouco confuso no início, mas rapidamente verá que são coisas bem diferentes. Comecemos pelos aquecedores.

Aquecedores

São equipamentos elétricos que tem como função aquecer a água do aquário. Possuem uma resistência interna, semelhante à de um chuveiro elétrico, a qual aquece com a passagem da água. Esta resistência fica, geralmente, dentro de um tubo de vidro que é submerso e ira elevar a temperatura da água ao seu redor.
O problema com estes equipamentos é que eles apenas esquentam, cabendo ao usuário saber o momento de ligá-lo e desligá-lo. Isso pode fazer com que a temperatura se eleve muito, matando os peixes "cozidos". 
Mesmo que a temperatura não se eleve tanto, a dependência de um controle humano faz com que a temperatura varie muito, o que é prejudicial a saúde dos habitantes do aquário.
Para evitar este descontrole pode-se usar um equipamento chamado termostato e falaremos sobre ele agora.

Termostato

Este é, também, um equipamento eletrônico, mas com função bem diferente. Ele irá, apenas, controlar a temperatura do aquário, ligando ou desligando o aquecedor automaticamente, ou seja, este equipamento deve estar, sempre, acoplado à um aquecedor. 
O termostato funciona através de um termômetro que indica a temperatura da água.
Desta forma, se desejamos manter o aquário a 27°C, o termostato irá ligar o aquecedor quando a temperatura estiver abaixo de 27°C e desligá-lo quando estiver acima, mantendo a temperatura estável.

Aquecedor com Termostato

Tanto aquecedores quento termostatos podem ser comprados separadamente, mas alguns modelos de aquecedores já vêm com termostato acoplado, o que é muito prático pois dispensa o uso de vários equipamentos. 

Por que aquecer a água?

Uma dúvida persistente entre os aquaristas é quanto a necessidade de aquecer a água e para entendê-lá precisamos saber um pouco sobre s fisiologia dos peixes. 
Os peixes são animais pecilotérmicos, também chamados de animais de sangue frio. Isso significa que sua temperatura corporal varia em função da temperatura ambiente. 
Todo ser vivo, possui um metabolismo ajustado à uma determinada temperatura. O ser humano, por exemplo, possui uma temperatura ideal de 36,5°C. Cada espécie de peixe apresenta também uma determinada temperatura em que seu metabolismo funciona melhor. Como muitos peixes criados em aquários são de águas tropicais, apresentam uma temperatura ideal em torno de 25°C, o que pode ser difícil de se manter em algumas estações sem o uso de aquecedores. 
Caso a temperatura esteja muito acima ou muito abaixo da ideal para a especie, isso compromete o metabolismo e pode levar à morte do animal.
Variações de temperatura também podem ser muito nocivas, por isso é importante usar um aquecedor com termostato durante todo o ano para manter o aquário sempre estável. 

Qual aquecedor comprar?

Aqui não falaremos sobre modelos ou marcas. O objetivo é apenas instruir quanto ao calculo correto para se utilizar estes equipamentos.
A proporção padrão é de 1W para cada litro de água. Ou seja, se tiver um aquário de 50L, use um aquecedor de 50W de potência. Para regiões ou estações mais frias é possível elevar esta proporção para 2W por litro. Para isso, tenha sempre o cuidado de utilizar um termostato, caso contrário poderá fazer uma bela sopa.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Filtro Para Aquário


Este é um tutorial que tem como função, apresentar um dos mais importantes equipamentos do aquário: o filtro. Aqui discutiremos as funções e tipos de filtros para que você saiba qual o melhor para o seu aquário.



Antes de falar do equipamento em si, precisamos falar sobre os peixes, mais especificamente sobre sua fisiologia. 
Assim como nós, os peixes se alimentam e utilizam os nutrientes para realizar suas funções. Parte dos alimentos é composta por proteínas que são metabolizadas para produzir outros tipos de proteínas. Em nós, seres humanos, este processo elimina ureia, já nos peixes, elimina amônia, uma substância muito tóxica e que precisa ser, de alguma forma, removida do aquário. Além da amônia acumulam-se no aquário restos de ração, gordura, folhas mortas entre outros detritos. Esse acumulo prejudica a estética e, principalmente, a qualidade da água, podendo desencadear uma série de doenças nos habitantes.
 Quem conhece um pouco mais sobre aquários sabe que mesmo com um sistema de filtragem, é necessário realizar uma troca parcial de água (TPA) periodicamente, então, por que filtrar a água? Não seria mais fácil remover essa sujeira toda apenas com a TPA? A resposta é NÃO! Para aqueles que criam peixes em pequenos recipientes, como aqueles aquários tipo bola, a filtragem pode parecer desnecessária, mas o que não percebem é que os peixes estão, constantemente, sendo submetidos à uma condição estressante por conta do nível elevado de amônia. Isso faz com que não sobrevivam muito tempo.
Uma das principais funções do filtro é manter a água sempre livre de amônia e os peixes livres de estresse e doenças.
Vamos aos tipos de filtros. São três os tipos mais comuns usados em aquários e aqui falaremos sobre cada um.

Filtro Mecânico:
Este é o responsável por retirar as partículas mais grossas que estão em suspensão na água. É, normalmente, a primeira etapa do processo de filtração. Como grande parte da amônia formada no aquário vem da decomposição da matéria orgânica (restos de alimento, fezes, folhas, etc), recolhê-la e armazená-la no filtro é uma forma de facilitar a limpeza.
Utiliza como material filtrante esponjas, lã acrílica e perlon.
Como neste filtro se acumulará muita matéria orgânica, uma manutenção deve ser feita mensalmente ou até quinzenalmente e consiste em retirar o material filtrante e lavá-lo em água corrente.

Filtro Biológico:
A filtragem mecânica apenas retêm as partículas maiores em impede que se decomponham no aquário, mas mesmo assim a amônia continua se formando, tanto na água quanto no material removido pelo filtro mecânico.
Para removê-la, utilizamos um filtro biológico onde determinadas bactérias benéficas, utilizam a amônia como alimento, transformando-a em nitrato, uma substância muito menos tóxica aos peixes.
Estas colônias de bactérias não ficam em suspensão, ou seja, elas não estão na água do aquário, elas crescem sempre aderidas à alguma superfície. Para que cresçam no filtro precisamos, então, de um material filtrante que aumente a superfície de contato. Os o material mais comum é o anel de cerâmica porosa que promove uma superfície de contato de 7m² por litro do material. Outros elementos filtrantes possuem eficiência muito superior. Um exemplo é o SERA Siporax ou SERA Siporax mini que possuem superfície de 240m² por litro, ou seja, cada litro de SERA Siporax ou SERA Siporax mini equivale a 34L de cerâmica.
Com o tempo estes materiais tendem a entupir e devem ser substituídos, mas nunca troque todo o material filtrante de uma vez só. É aconselhável trocar 50% e após 30 dias trocar os outros 50%, isso evita a completa remoção da colônia de bactérias.

Filtro Químico: 
Esta é a ultima etapa da filtragem e tem como objetivo remover substâncias dissolvidas na água, retendo-as com o uso de carvão ativado. É semelhante à filtragem mecânica, mas a nível molecular. Este filtro remove metais pesados e fosfatos que podem provocar, quando em excesso, o surgimento de algas.
O carvão ativado, infelizmente, perde com o tempo a sua capacidade de reter as substâncias dissolvidas na água e precisa ser trocado. Recomenda-se realizar a troca a cada um ou dois meses, no máximo.